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Mostrando postagens de abril, 2011

Corte e recorte

Corte e recorte Pintura na cara Livros em volta Tesoura na mão Cola na outra Cartolina na mesa Tinta derramada Desenho bonito Uniforme lavado Bagunça desfeita Papel bem dobrado Tudo organizado De banho tomado Trabalho acabado

Primeira mestra

Aprendi direitinho Devo tudo a você Mostraste-me o caminho Para não me perder Aprendi a falar Escrever o meu nome Nos meus dedos, contar Do saber, tive fome E assim me ensinaste Minha primeira lição A vida me mostraste Pelas linhas da mão Hoje, posso distinguir O que é bom do que não presta Não me canso de seguir Os teus passos, minha mestra

Ventríloqua

Má Má Má Pá Pá Pá É fácil falar Má Má Má Pá Pá Pá É só me imitar Para mim, é novidade Tudo é muito diferente Acho que não tenho idade De falar para essa gente Má Má Má Pá Pá Pá Vamos começar Má Má Má Pá Pá Pá Eu vou te ditar A minha capacidade Parecia estar dormente Mas, com força de vontade, Consegui, pois fui em frente Má Má Má Pá Pá Pá Já sei "soletrar" Má Má Má Pá Pá Pá Obrigado por me ensinar

E Daí?

Mas eu sou teu irmão! E Daí? Onde estava então que não te vi? Segurei tua mão. Te segui até aqui. Mas se for só impressão? E Daí? Eu não quero dizer não para o que senti! Se isto tudo é ilusão, deixe-me iludir! Não consigo explicação! E Daí? Te sentir o coração me faz sorrir! Em meio a essa escuridão, és meu luzir! É verdade! Tens razão! E Daí? Esta é nossa opção. Traçaremos o que há por vir! Temos nossa solução. Vamos já nos divertir!

Ausência de mim

Tem alguém aí dentro? É difícil acreditar. Boquiaberto ao vento. Olhos pairando no ar. Você no meu pensamento. Coisas a imaginar. Silencioso momento Que me deixou a pensar. Tem alguém aí dentro? Eu preciso me deitar. Estou muito sonolento. Cedo tenho de acordar.

Primeiro carro

Brum... Eu rio Brum... Ela ri Dirijo o vazio Meu carro a sair Assento macio Platéia a sorrir Brum... Eu falo Brum... Ela fala Fazendo um estalo No meio da sala E no meu embalo Não faço escala Brum... Eu choro Brum... Ela canta Alarme sonoro! Ela me encanta Se caio, namoro E ela me levanta!

Não me deixes

Te abraço Para te segurar Para não me deixar Quando o bicho chegar Não me deixes Pois tenho muito medo De dormir tão cedo Sombreando meu dedo Fica comigo Vou deitar-me sobre ti Para poder te sentir Caso venha a sair Protege-me Dai-me a tua mão E afasta-me então Desse bicho-papão

Sem compromisso

Desejo saciado Sangue drogado Vício maldito Abraço apertado Mas preciso É continuar A te usar Sem te usar Caneta sem tinta Branco do papel Espera infinita Dedo sem anel Te quero Sem querer Não só Com você Dure então O necessário Sem cruz Sem Calvário Caneta sem tinta Branco do papel Espera infinita Dedo sem anel Passo apressado Busca constante Amor perfeito E apaixonante Fogo queimando Dentro de mim Visão prevista Do nosso fim Caneta sem tinta Branco do papel Espera infinita Dedo sem anel Perdão, senhor Se eu falhei Mas hoje ainda Não fugirei Aqui, então Espero contigo Presente amado Futuro amigo Caneta sem tinta Branco do papel Espera infinita Dedo sem anel

Mil Palavras

Está frio Mas você me aquece. Então rio Quando enlouquece. É vazio Quando escurece Mas, gentil, Sempre aparece. Já ouviu. Peço que se apresse. O sombrio Sono já desaparece. Sou sadio, Nada mais me acontece. Ei, psiu! Obrigado pela prece!

Belo amor

Mas não tente, nos olhos, me olhar Porque sombrio me parece o teu sentir Que me joga palavras pelo ar E que forjas o conceito de amar Para que, presa, eu continue sempre aqui. Estou coberta, não vendada E ainda reconheço o que é amor! Sei que é como o doce cheiro de uma flor E não como um ferimento de espada Que o coração perfura com dor! Aquele meu velho amigo me falou Que é preciso ter coragem de sofrer Mas que não sofra quem nunca amou Nem morra um coração que jamais se abalou Pois é na beleza do amor que está o viver!

Teus passos

Rastejando, vou Pelo mundo afora Neste imenso vôo Pisca o olho. Me namora Por que você não vem? Quero tanto te alcançar Não sei o que é tentêm Mas quero muito ganhar Me prometes o mundo E pareces tão feliz Foi um passo tão profundo Desta vez foi por um triz Um após outro, vão Tentando me equilibrar Estou seguro em tua mão Ao teus dedos apertar Tão difícil isto é Mas você sempre me anima Vem e pega em meu pé E, os passos, me ensina Caindo e levantando Assim você quer que eu vá Hoje, posso ir caminhando Pois me ensinaste a dandá

Árdua tarefa

É difícil para mim Deixar de te gostar. Parece não ter fim Deixar de te amar. Brilha teu visto. Tento fugir. Mas eu persisto Em não conseguir. A tua luz tão bela, Radiante, me ofusca. Tua face, tão singela, É o final da minha busca. Oh, garota, Quero saber: (Derramando uma gota) Como faço pra te esquecer? Tua luminescência me impede De esquecer o teu brilho profundo. Minha adolecência se despede Deste mundo tão vazio. Tão imundo. Árduo é o serviço, Mas vou me livrar Do forte feitiço Que um dia, em mim, você veio a lançar.