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Mostrando postagens de novembro, 2010

Olhos Negros

Puseste batom nos olhos E os meus assim te beijam Tão distante que te cheiro Com meus olhos no teu breu Teu olhar me fala sério Te escuto, sussurrante Tu me queimas, deslumbrante Me convidas a te querer E penetras-me em essência Com teus olhos cativantes Tão direta como o sol Radiante como a lua É difícil te encarar Sem sentir a emoção De fitar teus olhos negros E, em transe, cobiçar-te Puseste batom nos olhos Mas não posso te beijar Quero tanto o teu olhar Fecho os olhos. Te imagino!

Ausência de vida

O que fazer da vida se ela não me quer? Deixar de vivê-la? Deixar de querê-la? Talvez desistir não seja a solução Talvez porém não haja solução alguma Tenho fôlego, mas me falta ar Tenho sede, mas tem sal no mar Onde sinto tanta vontade de me atirar Mas também sinto muito medo de me afogar Será que esperar é o certo? Ou deveria portanto viver? Estou um pouco desanimado Não sei se consigo mais respirar Tenho braços, mas nadar me cansa Estou vazio, mas ainda tenho esperança Quando viajo por sua lembrança Mas fico sozinho, pois minha mão não te alcança

A última que dorme

Ainda resta Um pouco de calor Um dedo de amor Em meu pobre coração Amar não presta Me causa muita dor Tamanha e com furor Me mata, essa paixão Te amar é festa Me queimo com fervor Te exalto com louvor Me largo em tua mão Estou em sesta Mas durmo com pavor Pois faça-me um favor Me leve para um caixão

Coraticum

Ausenta-me doses Que me leve a tal sorrir, Que me clareie a essência E que me torne alvo Para, de claro, o sentir expor, Confiante estar ao ponto De repelir tal sofrimento Que me sufoca, aprisionado, Para então poder gritar Sem esta corda no pescoço. Ao menos umas gotas Que me fizesse te encarar, Apreciar-te as lindas meninas, Confrontar-me a incerteza, Despir-me assim d'armadura E te abrir então a guarda Para mostrar-me realmente, Sem personas, nem figuras. Tu verias meus desejos, Saberias dos meus medos. Oh, líquido reluzente, Mata-me a sede agora. Livrar-me-ia então desta dor, Gritaria então aos quatro ventos Que assim eu seria tão feliz. Demorara, mas sentira Que, de um gole, a dor passara E agora a voz saíra E, sem chances de voltar, A coragem fez-se viva!